Companheiro Lojista:
Achamos interessante e oportuno, manifestar algumas observações a respeito do próximo
feriado de 1º de maio. Será a primeira vez que abriremos nesta data.
Atualmente nossa CCT tem vigência de 2 anos – vigora até 30/04/2025. A liberação para
abertura deste feriado e dos demais encontra-se na cláusula 39.
“CLÁUSULA TRIGÉSIMA NONA – CARGA HORÁRIA DE TRABALHO
Parágrafo 1º: As empresas que fornecerem aos seus empregados o benefício de Seguro de
Vida poderão praticar a jornada de trabalho de seus empregados, nos domingos e feriados,
de 8 horas diárias, excetuando-se o dia 01 de maio de 2024 cuja carga horária será de 6
horas.”
Na cláusula 43, onde tem a relação dos feriados, há citação para as 6 horas, no dia 01 de
maio, além de não poder usar o banco de horas e cujo empregado que atuar nessa data terá
direito a 2 dias de folga.
“CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA TERCEIRA – TRABALHO EM FERIADOS
Parágrafo 1º: No Dia do Trabalho, para todas as empresas, a carga horária do trabalhador
não poderá ultrapassar 06 horas, nem poderão ser inclusas em Banco de Horas;”
Consultamos o setor competente da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e
nada existe contrário a essa abertura. Além de ressaltar que nossa CCT está devidamente e
legalmente registrada no setor competente.
E convém lembrar, que desde a mudança da CLT, nossos Tribunais tem sacramentado a
prática do negociado sobre legislado, com raras exceções.
Recomendamos que os responsáveis de cada Loja, leiam nossa CCT, se atentem ao que foi
bem negociado.
Tem havido uma série de elogios e comentários positivos aos dois Sindicatos que firmaram a
CCT vigente. Houve bom senso, árdua e rica negociação, em que ficou constatado o
amadurecimento tanto de nossos Companheiros aqui do Patronal quanto do Laboral.
Dia 1º. de maio será uma 4ª.feira, meio de semana, começo de mês e nesse ano,
excepcionalmente, pagamento da 1ª.parcela do 13º dos aposentados. Vamos aproveitar
essa conquista de mais um dia de vendas!!
Vivenciamos um momento muito difícil pro nosso varejo. Esse acordo para abertura dia 01
de maio, vem contribuir muito para o bem de todos, Lojistas e seus colaboradores.
Se restou alguma dúvida, pode fazer contato com nossa equipe.
Desejamos sucesso a todos.
Cordialmente,

Sindishopping / Conselho Diretor / Presidencia

 de Luiz Alberto Marinho / 11 de abril de 2024 / Mercado & Consumo

A frequência de visitas aos shopping centers fechados, nos Estados Unidos, registrou queda de 5,8% no ano passado, ante 2019. Índice parecido com o declínio de 8% apurado pela associação que congrega os shoppings no Brasil, no mesmo período.

Os clientes estão voltando aos poucos. Em 2021, a quantidade de visitas nos malls americanos foi quase 16% menor. Natural que o número próximo de 6% em 2023 seja motivo de comemoração. Os dados são da Placer, empresa de pesquisas estadounidense.

Tudo indica que os profetas do apocalipse, que decretaram precocemente a morte dos shoppings, erraram feio. Alguns comportamentos voltaram ao padrão pré-pandemia. Por exemplo, 60% das idas aos shoppings americanos foram em dias de semana, assim como acontecia em 2019. Esse programa voltou a fazer parte do cotidiano das pessoas.

Apesar das boas notícias, os shoppings sabem que ainda precisam recuperar terreno. E estão trabalhando duro para isso.

Uma das maneiras mais eficazes de aumentar o tráfego nos shoppings é por meio de novas operações no mix. Por isso, os americanos estão apostando em soluções como academias de ginástica, parques de diversão e outros equipamentos direcionados para o entretenimento. Algo que já fazemos há tempos, diga-se de passagem.

Novas âncoras, algumas do tamanho de um pequeno shopping brasileiro, repletas de atrações também estão sendo atraídas para ocupar o lugar das problemáticas lojas de departamento.

Bom exemplo disso é a Scheels, rede de artigos esportivos que se instalou em um mall no Arizona, ocupando cerca de 25 mil m² (praticamente a ABL de um shopping como o Villa Lobos, em São Paulo). Lá dentro os clientes encontram uma roda gigante de 13 metros de altura, aquário com 60 mil litros de água salgada, mini-boliche, parque para crianças pequenas, doceria e café, entre outros atrativos. Ou seja, a loja usa e abusa do entretenimento para vender produtos.

Outra vertente que está ganhando ainda mais espaço nos shoppings americanos é a dos restaurantes. Não é uma novidade, mas a importância do foodservice no tenant mix tem aumentado, assim como acontece no Brasil.

Dentre os diferentes tipos de restaurantes, se destacam lá os direcionados para o “eatertainment“, que unem comida e entretenimento. Na linha dos nossos “Jurassic Burger”, “Vassoura Quebrada” e, mais recentemente, o “Bob Esponja Burger & Restaurante”.

Para preencher espaços fechados pelas marcas que deixaram o mall, lojas pop up têm pipocado em terras americanas.  Algumas por um período limitado, como a Shein (que também usa essa estratégia em nosso país) e outras por mais tempo, para testar mercado.

No segundo caso encaixam-se marcas como Ikea, que está ampliando presença em shoppings nos Estados Unidos, mas apenas depois de instalar uma loja teste por cerca de seis meses, para avaliar o desempenho da praça.

Finalmente, shoppings têm procurado ampliar a participação do luxo, segmento que está tendo bom desempenho, não apenas no território americano. Cerca de 40% das aberturas de novas lojas dirigidas para o público de melhor aquisitivo, nos Estados Unidos, aconteceram em malls em 2023, segundo a Placer. Esses shoppings têm fluxo e vendas superiores à média do setor.

Não por coincidência, estudo recente, divulgado pelo Itau BBA, mostrou que redes de shopping centers brasileiras com maior exposição à marcas de luxo também têm performance superior. Faz sentido. Este consumidor é menos suscetível a oscilações da economia e privilegia o conforto e a segurança do ambiente dos shoppings.

Como podemos perceber, shoppings americanos e brasileiros estão usando armas semelhantes para enfrentar problemas comuns, como recuperar o padrão de visitas que possuíam antes da pandemia.

Todas essas mudanças evidenciam o novo conceito dos shopping centers, que ampliam suas funções para muito além de simples centros de compras.

A diferença é que os shoppings brasileiros já estão com o pé nessa estrada há mais tempo. Além disso, redes brasileiras, como Allos, Iguatemi e Multiplan, têm avançado ainda mais na evolução do próprio modelo de negócio, com seus programas de CRM e investimentos em retail media, por exemplo.

Diversificar o mix, aumentar tráfego e ainda por cima monetizar o fluxo adicional, atraído por diversão, não é tarefa fácil nem vai acontecer naturalmente. Nesse sentido, o mercado brasileiro vai se afirmando como uma referência global. Qualquer dia desses veremos americanos aportando por aqui, para aprender com nossas experiências e inovações.

Quem viver, verá.

Luiz Alberto Marinho é sócio-diretor da Gouvêa Malls.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.

Experimento acontece por seis meses em 22 companhias. Participantes dizem que produtividade aumentou e funcionários se sentem mais engajados

Por Ana Flávia Pilar 11.4.24 o globo

Vinte e duas empresas brasileiras estão participando de um experimento para avaliar os impactos da semana de trabalho de 4 dias, uma iniciativa da organização sem fins lucrativos 4 Day Week, que conduz testes sobre o assunto ao redor do mundo, e a brasileira Reconnect Happiness at Work. Entre aquelas que já implementaram o modelo, os resultados apontam aumento na produtividade e colaboradores mais felizes, que também se mostraram propensos a permanecer nos seus cargos.

As empresas se inscreveram para o experimento em agosto. Entre setembro e outubro, passaram por uma fase de treinamento. Duas companhias já começaram a implementar o modelo em dezembro. A maior parte das demais empresas pretendia iniciar a semana de 4 dias em janeiro de 2024.

Essas informações constam em relatório divulgado pela 4 Day Week Brasil. Segundo o documento, as companhias cadastradas no piloto se dividem entre microempresas, com cinco colaboradores, e médias empresas, com cerca de 250 funcionários.

Há também as grandes empresas Soma, do Grupo Dreamers, e uma rede de hotéis, que preferiu não revelar sua participação no piloto. Algumas optaram por testar inicialmente departamentos selecionados, enquanto outras decidiram implementar a semana de 4 dias para todos os times.

  • São 22 empresas, em cinco estados, com 280 funcionários inscritos nos testes;
  • Mais de 70% das empresas pretendem implementar o modelo para todos os colaboradores;
  • Seis companhias concentram os testes em algum departamento, de início.

Renata Rivetti, diretora da Reconnect Happiness At Work, disse em entrevista ao GLOBO, que as empresas estão tendo ótimos resultados:

— Os colaboradores estão mais motivados, trabalhando melhor. As empresas notaram mais engajamento e mais comprometimento com os projetos, além de maior senso de responsabilidade, porque os colaboradores precisam manter a qualidade e entregar os projetos a tempo — disse.

Segundo Renata, os funcionários também se mostraram mais propensos a permanecer nas empresas. Para ela, os resultados indicam que a produtividade não aumenta de acordo com a quantidade de horas trabalhadas, mas de acordo com o bom gerenciamento das equipes.

Embora quase todas as empresas tenham escolhido conceder folgas na sexta, Renata adiantou que uma parte delas na verdade adotou um modelo de escalas, para manter o funcionamento durante toda a semana.

As empresas destacaram quatro principais motivos para estarem no experimento. Em primeiro lugar, dizem ter problemas para atrair e reter talentos, e acreditam que a jornada de trabalho reduzida pode ser um diferencial para os colaboradores.

— Escolheram a sexta porque esse já é um dia mais lento, em que as pessoas sentem um ritmo menor e os clientes procuram menos. Cortar a sexta impactaria menos os resultados.

9 fotos

Além disso, essas empresas esperam melhorar a produtividade e aumentar a qualidade de vida dos seus funcionários. Por fim, acreditam que a semana de 4 dias seria uma forma de mudar a forma como trabalham atualmente.

Como resultado, as companhias participantes esperam melhorar a saúde mental dos colaboradores, e ter resultados financeiros e desempenho melhores.

Entenda o piloto

O modelo a ser implementado nas participantes será do tipo 100-80-100: 100% do salário, trabalhando 80% do tempo e mantendo 100% da produtividade.

Indicadores como estresse da força de trabalho, equilíbrio entre vida pessoal e profissional, resultados financeiros e turnover (rotatividade) serão avaliados ao final do experimento.

A 4 Day Week firmou ainda uma parceria com a empresa de coworking WeWork para que as participantes contem com o benefício Work Pass, que dá acesso a mais de 30 prédios da empresa no país e mais de 500 parceiros em todos os estados brasileiros, sem taxa de adesão ou custo nos primeiros meses do teste.

A universidade americana Boston College elaborou a metodologia da iniciativa. A instituição cuida das pesquisas antes do início do experimento, assim como de análises após três meses da implementação e ao fim do piloto.

Com isso, a expectativa é garantir a acurácia dos dados para que as empresas possam definir se seguirão com a semana de 4 dias.

de Marcos Gouvêa de Souza  / Mercado & Consumo

 15 de abril de 2024

“Enquanto o Ocidente discute a provocação de Bill Gates de que com IA será possível trabalhar apenas 3 ou 4 dias por semana, na China, eles continuam na lógica 9-9-6, ou seja, das 9 da manhã às 9 da noite, 6 dias por semana.

E continuam avançando em sua determinação de serem ainda mais protagonistas no mundo presente e futuro, em especial pela liderança em tecnologia e no digital.

Na mesma perspectiva, empresas buscam o equilíbrio possível entre atuar no modelo do home office, definitivamente a opção preferencial das novas gerações, e a realidade de que o presencial traz a desejável e necessária integração cultural e o fundamental amálgama na inovação, criatividade, formação e difusão dos valores de cada empresa ou negócio.”

A recente declaração do CEO da Nlke, John Donahoe, de que é difícil criar algo inovador e disruptivo via Zoom, reforça os dilemas de que as organizações em todo o mundo enfrentam em buscas de modelos e respostas de como conciliar esses dois universos: a conveniência, conforto e menos estresse dos deslocamentos da realidade presencial, com a necessária interação humana e conceitual proporcionada pelo relacionamento da proximidade presencial.

Em verdade, empresas em todo o mundo e aqui no Brasil estão em busca de modelos que permitam conciliar essas duas realidades. Na própria China, o avanço do home office é marcante, tendo crescido de perto de 200 milhões de trabalhadores em junho de 2020, em plena crise do covid, para 537 milhões em dezembro de 2023.

De fato, não existem respostas absolutas.

Cada realidade, cada modelo de negócio, cada segmento ou categoria ou mesmo cada geografia suscita alternativas distintas. E estamos todos aprendendo e buscando a conciliação virtuosa.

Está claro que o absolutismo do presencial em todos os momentos, se aceito, reduz a atratividade fundamental para as novas gerações.

Assim como o virtual permanente inibe a interação, criatividade e difusão de valores e a produtiva proximidade com pessoas, entre outras coisas.

Existem funções e competências, como em especial em tecnologia e outras relacionadas ao digital, em que o home office melhor se aplica e permite a globalização do emprego e o trabalho para mais de uma empresa ou negócio ao mesmo tempo.

Nesse aspecto, o Brasil tem sido beneficiado, pois as diferenças cambiais favorecem a contratação de funcionários brasileiros por empresas globais em especial nessa área de tecnologia.

Vale recordar que as mudanças estruturais no emprego geraram um quadro de maior dificuldade em setores como o varejo físico, nas lojas e centros de distribuição, e o setor de hospitalidade, dos hotéis, bares, restaurantes e outros. A obrigação de ter funcionários presentes para os serviços reduziu o número de funcionários disponíveis e interessados, discriminando esses setores como empregadores e gerando um problemas de aumento de custos.

Não por outra razão, nos EUA as gorjetas sugeridas chegam a 25% do valor do consumo.

É sempre fundamental alertar que uma coisa é home para funcionários, colaboradores e prestadores de serviços de classe média, com o conforto de residências equipadas com direito ao isolamento para trabalhar, pensar, criar e interagir virtualmente.

Algo muito diferente é a situação da maioria absoluta de funcionários que não podem ter acesso a todos esses recursos e precisam encontrar espaço, momento e condições para trabalhar a partir de suas casas. Razão pela qual existem muitos que preferem se deslocar para ir ao escritório para terem condições melhores de produzir.

Estamos todos em buscas de respostas e alternativas, testando modelos e avaliando retornos em matérias que têm uma natural complexidade, pois o ambiente, em todas as realidades, tem mudado numa velocidade e dimensão que tornam muito mais difícil o isolamento de fatores determinantes da respostas, mais positivas ou negativas.

Esse é um tema que quanto mais for avaliado e mensurado, compartilhando aprendizados, pode beneficiar a todos.

E essa é a proposta à reflexão e ao compartilhamento.

Pois a sociedade e os negócios só têm a ganhar pelo aprendizado coletivo em um tema tão complexo. Entendermos que as legislações que regem as relações de trabalho também precisam ser revistas para contemplar essa nova e irreversível realidade.

Vale a reflexão.

Nota: No Latam Retail Show de 17 a 19 de setembro no Center Norte, em São Paulo, haverá espaço, conteúdo e programação dedicados às discussões dos melhores e mais produtivos modelos de organização do trabalho no varejo e em outros segmentos empresariais. E terá transmissão virtual de parte do conteúdo para os que não puderem participar presencialmente

Marcos Gouvêa de Souza é fundador e diretor-geral da Gouvêa Ecosystem e publisher da plataforma Mercado&Consumo.
*Este texto reproduz a opinião do autor e não reflete necessariamente o posicionamento da Mercado&Consumo.

  • 11/04/2024 /   site cnc

O aumento de 1% em fevereiro, apontado pela Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (11 de abril) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fez com que a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisasse para cima sua previsão de crescimento das vendas em 2024. A expectativa, que era de 1,6%, subiu para 2% na movimentação do varejo, neste ano.

Segundo estimativa da CNC, as vendas totais em fevereiro alcançaram R$ 209,9 bilhões, o maior patamar da série histórica, iniciada em 2000. Conforme o presidente da Confederação, José Roberto Tadros, o avanço superou as expectativas do mercado. “Os dados revelam que a macroeconomia está trilhando um bom caminho e, com a trajetória de declive das taxas de juros, os varejistas podem esperar um ano relativamente positivo para os negócios”, afirma o presidente. Compõem o cenário melhor do que o esperado as evoluções do mercado de trabalho, cuja taxa de desocupação se encontra no menor patamar em 10 anos, e a desaceleração da inflação, que acumula alta de 1,4% no primeiro trimestre – a menor para o período em quatro anos.

De acordo com Tadros, a continuação da recuperação do varejo depende da confirmação das expectativas de que os juros cheguem a 9% ao ano em dezembro e que a inflação fique dentro da meta estabelecida em 3,75%. “Confirmada essa tendência, certamente, consumidores e varejistas vão se deparar com juros mais baixos também na ponta”, avalia.

Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, apontou aumento de 1% em fevereiro, a segunda alta consecutiva no ano

Farmácias impulsionam o setor

O principal segmento responsável pelo avanço de fevereiro foi o de farmácias, perfumarias e cosméticos, que aumentou 9,9% das vendas em fevereiro (janeiro havia sido um mês de queda, com redução de 1,1%). “Parte dessa elevação pode estar associada à antecipação do aumento de até 4,5% nos preços dos medicamentos, que foi autorizado pela Anvisa com validade a partir de abril, ou de descontos aplicados na compra de mais produtos para escapar do reajuste”, explica o economista da CNC responsável pelas projeções, Fabio Bentes.

Bentes aponta que esse segmento tem se destacado no varejo brasileiro, nos últimos anos. Ele lembra que, em relação a fevereiro de 2020 (mês que antecedeu o início da crise sanitária), o volume de vendas no varejo cresceu 7,1%, ao passo que as vendas de artigos farmacêuticos chegaram a um avanço real de 39,9%.

Crédito melhor alavanca vendas

Outro destaque foi o desempenho das lojas de artigos de uso pessoal e doméstico (que tiveram aumento de 4,8%) e do setor automotivo (com alta de 3,9%). “Isso reforça a percepção de que os efeitos positivos sobre o consumo decorrentes da melhoria das condições de crédito vêm influenciando favoravelmente o nível de atividade do varejo”, analisa Bentes. Ele ressalta que até mesmo os segmentos dependentes do crédito, que registraram crescimentos menos expressivos como os de vestuário e calçados (com elevação de 0,3%) e móveis e eletrodomésticos (com alta de 1,2%), tiveram fortes avanços em janeiro, 8,5% e 4,1%, respectivamente, o que já é produto do maior acesso ao crédito.

O Partido Novo, representado na figura do presidente da legenda, Eduardo Ribeiro, ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra trechos da Lei da Igualdade Salarial – sancionada pelo presidente Lula (PT), em julho de 2023.

A lei estabelece que homens e mulheres devem receber o mesmo salário quando exercerem a mesma função, ou por trabalhos de igual valor. Estabelece também a obrigatoriedade, entre empresas com mais de 100 funcionários, de enviar relatórios semestrais de transparência salarial ao Ministério do Trabalho, além de fixar uma multa rigorosa em caso de discriminação de gênero.

Na ADI 7.631, protocolada na última quarta-feira (17/4), o diretório do Partido Novo ressalta que a CLT, de 1943, já disciplina que “todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem distinção de sexo”.

A peça pontua ainda que “o combate à discriminação não significa deixar de premiar empregados que se destacam dos demais”. E aponta erros que consideram afrontas à Constituição ao obrigar o envio de relatórios pelas empresas.

“A obrigação de divulgar os critérios de composição das remunerações, incluindo nos potenciais planos de ação a ser exigidos pelo Ministério do Trabalho, é manifestamente inconstitucional (…) por determinar que as empresas publicizem informações sensíveis à estratégia de preços e custos”, escrevem os advogados Luciano Benetti Timm, Ana Carolina

A ação do Partido Novo também questiona que “o Estado participe diretamente da formulação de critérios de remuneração praticados pelos agentes econômicos”, e se amparam no artigo 174, da Constituição Federal, que garante que a regulação econômica pelo Estado não pode implicar senão uma indicação ao setor privado, “jamais uma determinação”.

O ministro Alexandre de Moraes é o relator da ação.

Em março deste ano, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) já haviam ingressado também no STF para derrubar trechos da lei da igualdade salarial que consideram inconstitucionais.

As entidades argumentam que a regra não é adequada, porque não leva em consideração as diferenças salariais “lícitas e razoáveis” fundadas em “critérios objetivos de aferição de maior perfeição técnica”, como mérito e antiguidade.

A ADI 7.612 também é relatada pelo ministro Alexandre de Moraes.

REDAÇÃO 26/03/2024 amanha

A indústria do Paraná avançou 8% no quarto trimestre, enquanto o setor industrial nacional subiu 2,9% no período

O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu o dobro da média nacional em 2023, de acordo com os dados do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) divulgados na segunda-feira (25). A economia paranaense cresceu 5,8% ao longo do ano, enquanto a brasileira teve alta de 2,9%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).No total, o PIB do Paraná totalizou R$ 665,6 bilhões em 2023. O resultado também é superior ao desempenho de outros estados brasileiros que já divulgaram suas variações de PIB em 2023, como Minas Gerais, que segundo a Fundação João Pinheiro (FJP) teve aumento de 3,1%, e Ceará, que de acordo com o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica (IPECE) registrou alta de 2,4% no mesmo período.

Todos os setores da economia paranaense fecharam 2023 em alta. O desempenho geral, no entanto, foi puxado principalmente pelos resultados da agropecuária, que cresceu 26,9% no estado no período – no ano passado, por exemplo, houve recorde na produção de proteína animal. Como base de comparação, a agricultura nacional, que também teve uma forte alta, fechou o ano com expansão de 15,1%. O setor de serviços do Paraná cresceu 4,1% e a indústria teve avanço de 3,7% em 2023. Mais uma vez, a economia paranaense esteve acima da média nacional em todos os segmentos, já que, de acordo com o IBGE, os serviços no Brasil subiram 2,4% e a indústria nacional registrou alta de 1,6%.

De acordo com o diretor-presidente do Ipardes, Jorge Callado, o índice paranaense, acima dos demais estados, demonstra o dinamismo da economia local. “O Índice de Atividade Econômica do Banco Central já apontava que o Paraná tinha sido o estado com o maior crescimento do País em 2023. Os dados do PIB só confirmam este movimento de alta acima dos padrões nacionais. Com um índice de desemprego em baixa e avanço real do salário médio, o Paraná mostra dinamismo na economia, com ganhos sociais à população”, afirma.

No resultado apenas do quarto trimestre de 2023, o desempenho paranaense também ficou acima da média nacional. Nos últimos três meses do ano, a economia paranaense cresceu 4,87% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O índice nacional neste mesmo recorte foi de 2,1%. No final do ano, a economia foi puxada pelo bom desempenho industrial local. Na comparação com o mesmo período do ano anterior, a indústria do Paraná avançou 8%, enquanto o setor industrial nacional subiu 2,9% no período. A agropecuária paranaense ainda teve alta de 4,4% e os serviços expandiram 3,9% no trimestre. No Brasil, a agricultura se manteve estável, sem variação, e o setor de serviços registrou alta de 1,9%.

Presente no ranking desde a sua primeira edição, há uma década, trajetória da companhia evidencia compromisso com a excelência em práticas corporativas

O Grupo Boticário conquista a 4ª colocação no Monitor Empresarial de Reputação Corporativa (Merco) 2023. A divulgação desse resultado, realizada em 14 de março e com posição de destaque entre as 100 principais organizações participantes, evidencia a jornada consistente da empresa em prol da governança, transparência e sucesso responsável.

Fabiana De Freitas, vice-presidente de Assuntos Corporativos do Grupo Boticário,  enfatiza que estar entre as primeiras colocadas no ranking Merco Empresas é um reflexo do comprometimento e do trabalho de toda a companhia, sempre tendo a transparência, a integridade e a excelência como norteadoras das tomadas de decisão. “É um enorme orgulho e responsabilidade estar entre as empresas mais admiradas do Brasil. Há 47 anos acreditamos em relações sólidas e pautadas no nosso propósito de criar oportunidades para a beleza transformar a vida de cada um e, assim, o mundo ao nosso redor”, diz a executiva.

O Merco é um dos mais respeitados rankings de reputação empresarial do mundo. A organização avalia as empresas com base em critérios como responsabilidade e governança corporativa, ética, transparência e impacto social. De forma geral, o ranking é um indicador para a sociedade, por oferecer uma visão clara sobre quais empresas estão comprometidas com valores importantes para sociedade, influenciando as decisões de consumo e investimento.

 

https://lnkd.in/dZzTTq4t )

04/04/2024 site cnc

Demanda por crédito sobe, e consumidores se veem com mais dificuldades de arcar com o pagamento de dívidas; momento requer cuidado com a inadimplência. Famílias com menor renda puxaram o endividamento

O endividamento das famílias brasileiras cresceu em março, segundo aponta a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). No último mês, 78,1% das famílias afirmaram ter dívidas a vencer, o que representa um aumento de 0,2 ponto percentual (p.p.) em relação a fevereiro. Em comparação com março de 2023, porém, o índice ficou 0,2 p.p. abaixo.

“O momento mais favorável dos juros, com menor custo, tem contribuído para uma maior demanda das famílias por crédito, sobretudo, parcelado”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros. De acordo com o Banco Central, o saldo das operações de crédito para pessoas físicas subiu 1,1% em janeiro de 2024.

Dívidas aumentam

O percentual de consumidores considerados “muito endividados” registrou aumento de 0,1 p.p., interrompendo a queda contínua dos últimos quatro meses. Por outro lado, cresceu, em 0,2 p.p., o número de famílias consideradas “pouco endividadas”.

A quantidade de famílias com dívidas atrasadas também aumentou, em 0,5 p.p., após cinco meses em queda, alcançando 28,6% das famílias. Entretanto, o indicador manteve-se abaixo do registrado em março de 2023 (29,4%). “A alta da inadimplência também é vista pelo crescimento do percentual de famílias que afirmam que não terão condições de pagar as dívidas atrasadas em março, que é o grupo mais complexo dos inadimplentes.  Nesse caso, o percentual já supera o do mesmo mês do ano passado”, destaca a economista da CNC Izis Ferreira.

Grupo de menor renda puxa endividamento

As famílias consideradas de baixa renda (até 3 salários mínimos) impulsionaram o endividamento no mês (79,7%), com alta mensal de 0,5 p.p. e anual de 0,8 p.p. Já os outros grupos apresentaram redução ou estabilidade no percentual. Além disso, a faixa de famílias com menor renda foi responsável pelo aumento das dívidas em atraso, na comparação mensal, um acréscimo de 0,6 p.p.

Já o aumento das famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso ocorreu apenas nas faixas de renda intermediárias (de 3 a 5 e de 5 a 10 salários mínimos).

A faixa de baixa renda apresentou a maior necessidade de recorrer ao crédito, assim como a maior dificuldade de amortizar essas dívidas. Porém, revelou melhora do indicador de expectativa para pagar essas contas atrasadas, reflexo dos programas sociais e de auxílio ao crédito.

Ticket médio recua

O valor médio das dívidas registrou queda, pelo segundo mês seguido, entre os consumidores que relataram ter mais da metade dos seus rendimentos comprometidos. A redução foi de 0,5 p.p. no primeiro trimestre do ano, alcançando 20,7% dessas famílias.

“Para ampliar a renda disponível, as famílias buscaram aumentar o prazo para pagamento das suas dívidas. Tanto que o tempo de comprometimento com dívidas atingiu 7,1 meses em março de 2023, o maior nível desde abril de 2022”, complementa a economista da CNC.

O percentual de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias permaneceu em 47,5% pelo terceiro mês, com aumento daquelas com atraso entre 30 e 90 dias para 28,7%. Dessa forma, o tempo médio de atraso foi de 63,9 dias em março.

Dívidas no cartão de crédito sobem

O cartão de crédito representou 86,9% dos endividados no mês, aumento de 0,8 p.p., na comparação com o mesmo mês do ano passado, e estável diante de fevereiro de 2024.

O crédito pessoal apresentou o maior crescimento (1,6 p.p.), resultado da queda dos juros médios da modalidade, o menor entre os últimos três meses – 41,2% em janeiro de 2024. Os financiamentos imobiliário e de carro vêm logo em seguida, com acréscimo de 1,5 p.p. no volume de endividados, cada.

Queda do endividamento feminino no ano

Em relação ao gênero, o endividamento cresceu 0,3 p.p. entre o público masculino, em relação a fevereiro, mais do que entre as mulheres (+0,2 p.p.). Quando comparado a março de 2023, entretanto, o endividamento entre as mulheres registrou queda de 0,7 p.p. e, por outro lado, aumentou 0,4 p.p. entre os homens

Luiz Alberto Marinho

Sócio-Diretor da Gouvea Malls – Consultoria de Negócios e Soluções Centros Comerciais | LinkedIn CreatorSócio-Diretor da Gouvea Malls – Consultoria de Negócios e Soluções Centros Comerciais | LinkedIn Creator  / linkedin   / 21.3.24

Pesquisa feita pela MindMiners, que entrevistou 1.000 brasileiros, concluiu que o consumo de moda no país depende, e muito, de preço. Nada menos do que 2/3 dos brasileiros admitem que o principal fator na decisão de compra é esse: o preço. Para 35%, a compra se restringe a lugares onde podem economizar, mesmo que o produto não seja o desejado.

Neste contexto, é natural que, para 62% dos consumidores, as lojas mais buscadas sejam as que apresentam preços acessíveis.

Agora, sabe quem lidera o ranking de lojas barateiras preferidas por aqui? Em primeiro lugar vem a SHEIN, seguida pela Lojas Renner S.A. e, em terceiro lugar, a C&A.

Você deve estar pensando: e a sustentabilidade? Pois é, 26% não se preocupam ou se preocupam pouco com isso. Tem mais: 31% dos brasileiros são indiferentes a esses aspectos no consumo próprio de moda. Como dizem por aí, a teoria na prática é outra.
 
Isso tudo não significa que as pessoas não se sintam atraídas por marcas aspiracionais, como ZARA SA ou FARM Rio. Cerca de 1/3 dos entrevistados, em especial consumidores da Geração Z, desejam comprar nestas lojas mas não o fazem em função (olha eles aí de novo) dos preços altos.

Mais um ponto interessante do estudo: ocasiões especiais são decisivos motivadores de compra de novos itens de moda, em especial casamentos (47%), aniversários (42%) e festas de Ano Novo (42%).

O estudo confirma o movimento de polarização entre o consumo de luxo e o popular, sobre o qual nós, da Gouvêa Malls, temos falando bastante por aqui. Quando o assunto é moda, esses dois são os polos com melhor desempenho. Quem se posiciona no meio enfrenta dificuldades.